O Corpo no Esporte

O Corpo no Esporte

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Detalhes

  • Categoria: Esportes
  • Autores: (Desconhecido)
  • Quantidade de Páginas: 2
  • Data de Inclusão: 04/11/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 91 KB

A mídia (televisão, internet, jornais, revistas) tem divulgado constantemente a idéia de que todas as práticas esportivas e corporais naturalmente produzem saúde e qualidade de vida. Entretanto, as recentes e trágicas mortes de jogadores de futebol profissional no Brasil (caso Serginho, em 2004) e no exterior; as mortes de praticantes de fim-de-semana; as lesões constantes que amadores e profissionais sofrem; o doping esportivo; a violência nas quadras e campos: os processos de exclusão a que são submetidos praticantes menos habilidosos; o preconceito com a mulher esportista (que tem diminuído, mas ainda não desapareceu), entre outros, nos levam a questionar essa suposta relação natural entre esporte, saúde e qualidade de vida. Não desejamos com tal questionamento levantar a hipótese oposta de que o esporte é naturalmente prejudicial à saúde e à qualidade de vida. Nossa intenção é ponderar que a relação entre esporte, saúde e qualidade de vida é mediada por inúmeros fatores circunscritos na prática esportiva. Em outras palavras, o tipo de relação entre essas três variáveis depende, por exemplo, dos princípios e valores que sustentam a prática de esporte, que pode ser orientada pela cooperação ou pela competição, pela ludicidade ou pelo rendimento, pelo prazer ou pela obrigação. Além da relação entre esporte, saúde e qualidade de vida depender intrinsecamente dos condicionantes da prática esportiva, fatores externos a ela também são fundamentais na determinação do nível de saúde e da qualidade de vida das pessoas, como o acesso a condições dignas de educação, moradia, trabalho, alimentação, serviços públicos de saúde e saneamento básico. Por melhor que seja o acesso ao esporte, na ausência dessas outras variáveis, é ingênuo acreditar que alguém possa ter boa saúde ou qualidade de vida. Nesse sentido, podemos concluir que a prática esportiva bem conduzida é apenas um dentre vários fatores determinantes da saúde e do bem estar dos sujeitos, e, por isso, não deve ser negligenciada, nem super valorizada.

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