Italianos na Década de 70

Italianos na Década de 70

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Detalhes

  • Categoria: Italiano
  • Autores: Patrick Cuninghame
  • Quantidade de Páginas: 9
  • Data de Inclusão: 01/02/2017
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 788 KB

Um dos principais expoentes da autonomia tem sido o movimento feminista, cujas necessidades haviam sido historicamente adiadas pelo «partido revolucionário» até após a conquista do poder do Estado e o estabelecimento do socialismo, tendo a questão de género sido firmemente subordinada à da classe. Os movimentos feministas em particular tenderam a ser autónomos, considerando que as mulheres enquanto categoria social têm sofrido a opressão patriarcal em todas as suas relações sociais, incluindo dentro de partidos políticos de esquerda, sindicatos, movimentos sociais e pelos próprios revolucionários. Estavam entre os primeiros em Itália e não só, após a experiência importante mas, no final, profundamente ambígua dos movimentos de 68, a desenvolver uma crítica fundamental das formas e práticas políticas da «Nova Esquerda», que, na prática, se não na teoria, minimizava as necessidades e as diferenças das mulheres, subordinando-as às exigências da luta de classes, de forma semelhante às organizações da antiga Esquerda Institucional. Esta crítica levou muitas mulheres a deixarem partidos ou grupos pertencentes à «Nova Esquerda» no início dos anos setenta para formarem as primeiras organizações feministas auto-organizadas, provocando assim, juntamente com o questionar da participação na «luta armada»1 , a sua crise. Tal levou à dissolução e à criação, dos fragmentos restantes, da Autonomia, um movimento social radicalmente anti-capitalista, influenciado pela crítica feminista aos métodos organizacionais, mas no qual relativamente poucas feministas participaram.

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