Religião e etnicidade

Religião e etnicidade

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Detalhes

  • Categoria: Religião
  • Autores: Vagner Gonçalves da Silva
  • Quantidade de Páginas: 30
  • Data de Inclusão: 05/11/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 579 KB

Duas tradições inauguraram a antropologia brasileira: a dos estudos das populações indígenas e a das populações afro-brasileiras, sendo esta posteriormente ampliada para os estudos da “sociedade nacional” por incluir outros segmentos marginalizados: brancos, pobres, camponeses etc. (OLIVEIRA, 1988, p. 111). A primeira tradição desenvolveu-se a partir da contribuição dos viajantes e da realização, no século XIX, das expedições científicas cujo objetivo era contatar e registrar aspectos das sociedades indígenas. A segunda teve início tardiamente em relação à primeira. Seu principal fundador, Raimundo Nina Rodrigues, só na última década do século XIX publicou suas investigações nas quais o negro era visto tanto do ponto de vista racial como de sua religiosidade. Com a decadência do paradigma racial evolucionista e a substituição do conceito de raça pelo de cultura, essa tradição acabou por se desdobrar em duas vertentes: a dos estudos da religiosidade afro-brasileira e a das relações entre brancos e negros. Dois nomes foram então os grandes incentivadores dessa primeira vertente: Arthur Ramos que procurou garantir um campo específico para o estudo do negro quando as primeiras universidades foram criadas, nos anos de 1930, e suas disciplinas oficiais instituídas, e Roger Bastide que consolidou esse campo abrindo as portas para as pesquisas institucionalizadas pelas universidades a partir dos anos de 1960.

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