Não sabemos explicar muito bem, talvez porque ainda não nos demos a esse trabalho, qual a razão porque em Loriga a música é quase tão importante como o ar que se respira. Vivemos a nossa infância em Loriga nos idos anos 60... Quantas “tertúlias” não terão começado nas barbearias do Ti António Farias e do António Conde grandes amantes do Fado de Coimbra; na sapataria do Ti António Calçada, onde um número razoável de jovens aprenderam a tocar viola, Bandolim e outros cordofones; nalguns “balcões” quando as noites de verão eram aprazíveis, com o Ti Menano à guitarra ou o Ti Emídio Refina e a sua concertina e, tantos outros que a memória colectiva começa já a não recordar. E que belas vozes ecoavam pela noite loriguense!... Quantos bailes não começavam ao toque duma gaita-de-beiços?
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